« vértices de um amor » parte 8

Maria e Rodrigo já estavam de férias. Maria foi passar duas semanas para o Algarve com a sua amiga Carolina. As férias estavam a correr lindamente, as saudades apertavam cada vez mais e Maria e Rodrigo tentavam falar todos os dias.

O telemóvel estava sem bateria por isso a Maria foi para a praia com a Carolina mas deixou o telemóvel no apartamento. Quando voltou, ligou o telemóvel e viu que tinha uma mensagem do Rodrigo. Abriu-a e leu-a: “Pensava que ias passar férias com a Carolina e não com um rapaz. Eu já sei que tu andas aí aos beijos com um rapaz. A Alice também está aí a passar férias e viu tudo. Pensava que me amavas mas afinal enganei-me.” Maria ficou destroçada, ligou de imediato para o Rodrigo mas ele não atendeu. Continuou a insistir mas ele tinha desligado o telemóvel. Não sabia o que se estava a passar, aqui arruinou-lhe as férias. Só lhe apetecia chorar e chorar.

***

Passou dias a tentar mas a sua persistência era em vão. Carolina já não sabia o que fazer para acalmar a amiga.

Carolina: Olha já que ele não atende as chamadas, manda-lhe uma carta.

Maria: Carolina, é isso. És um génio, adoro-te.

Carolina: Estava a brincar mas ok.

                Maria começou a escrever a carta com todo o amor que tinha pelo Rodrigo.

« Não percebo o que se passa entre nós. Já não falamos à dias. Onde está o teu sorriso que me mostravas todos os dias, quando tudo era perfeito? Onde está esse olhar apaixonado quando olhavas para mim? Onde estão as tuas mãos delicadas quando me tocavas? Onde estão os nossos momentos mágicos? ONDE ESTÁS TU? Diz-me porque eu não percebo. Tudo o que a Alice te disse é mentira. Estive sempre com  a Carolina e sabes bem que eu te amo mais do que alguma vez amei alguém. Liga-me, manda-me mensagem, faz o que quiseres mas por favor explica-me este nosso afastamento. Amo-te muito, e tu sabes disso. »

                Maria foi logo ao correio e enviou a carta para ele, tinha os olhos vermelhos de tanto chorar. Logo a seguir foi para casa e não saiu mais durante aquele dia.

parte 7